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Resenhas

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, do coletivo TCD

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente. O título é um tanto quanto grande, mas o significado por trás desse coletivo literário, e agora do livro, é muito maior e mais literário.

Indo contra a tendência dos textos curtos e superficiais que são postados nas redes sociais, o coletivo literário Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente (TCD) passou a produzir e compartilhar um conteúdo extenso, profundo e extremamente poético em suas páginas no Facebook e no Instagram.

Com seus escritos e ilustrações, eles acabaram atingindo um público muito maior do que o esperado, nos mostrando como, apesar da crescente agilidade que nossa comunicação exige, ainda precisamos de tempo para digerir e entender nossas complexas relações humanas. Para este livro, foram produzidos textos inéditos que ganharam a companhia das sensíveis ilustrações de Anália Moraes
Fonte: Globo Livros

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, do coletivo TCD

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente é a reunião de vários textos inéditos do Coletivo Literário TCD, página de grande sucesso no facebook que já atingiu mais de 1 milhão de visualizações. O TCD é composto por uma galera muito bacana que curte escrever. Fundada pelo Igor Pires da Silva, com a colaboração da Gabriela Barreira, Leticia NazarethMaria Luiza Moreira, o coletivo tem como proposta escrever textos que possam dar um alívio na correria do dia e tocar fundo nas emoções das pessoas.

O livro chegou aqui em casa através da parceria que o Prateleira de Cima possui com a Globo Livros. O presskit era bem fofinho e no mesmo dia eu usei a mini caneca que veio junto (onde sempre todo meus minis cafés).

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente

Demorei um pouco para começar essa leitura, mas depois que finalmente peguei o livro para ler, consegui concluir em uma semana. Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente é um livro profundo, extremamente sentimental. A gente sente através das palavras que quem escreveu estava sentindo aquilo naquele momento. Era como se o fato estivesse acontecendo e a pessoa estivesse na mesma hora descrevendo todos os sentimentos ali envolvidos.

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente tem uma carga poética muito grande e uma estrutura tão moderna. Acho que é isso que faz o TCD ser tão bacana: há uma preocupação tanto com a forma quanto com o conteúdo que tornam os textos muito únicos e extremamente autorais.

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, do coletivo TCD

O tema principal de Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente é o amor. Nas 304 páginas podemos ver o sentimento amor de diferentes formas: o correspondido, o não-correspondido; o sofrer de amor; o amor-próprio; a descoberta do amor; o amor da amizade; o amor pela cidade (ou não); amor superado e tantas outros sentimentos que estão envolvidos com esse maior. É bonito, profundo e real, muito real.

Outra coisa bem legal foi a escolha das ilustrações que acompanham os textos. Anália Moraes foi uma escolha certeira. O estilo da artista casou muito com a mensagem que o livro quer passar e as imagens davam muito sentido ao que líamos.

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, do coletivo TCD

Gostaria que vocês não me interpretassem mal nas minhas próximas considerações sobre o livro. Eu não me identifiquei com ele. Mas calma, vou explicar! Apesar de ser um livro com uma escrita poética, profunda e de características peculiares, eu não me senti tocada em muitos deles. Os textos retratam questões amorosas e também da vida de jovens de 20 ou 22 anos, mais ou menos a faixa etária de quem os escrevem. Eles estão começando agora, estão descobrindo o amor e de como é ter o coração dilacerado por quem amam.

Com certeza absoluta, eu teria me acabado em prantos se eu tivesse lido esse Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente quando eu tinha 17, 20 anos. A identificação seria muito maior. Para mim, que estou com 32 anos quase 33, casada e em um relacionamento com uma pessoa maravilhosa, aprendendo ainda sobre o amor e sobre a vida, porém um pouco mais consciente do que é o mundo, os textos não faziam muito sentido.

Claro, que rolou algo do tipo: Nossa, foi assim mesmo que eu senti quando eu estava com fulaninho e a gente terminou/ele me traiu/ele me usou! Não quero dizer que aquilo ali é uma mentira ou pura enganação. É ASSIM MESMO QUE A ACONTECE QUANDO TEMOS ESSA IDADE. Eu era assim, eu tinha essas sensações, eu senti as coisas descritas em  vários textos. Também não quero falar que pessoas mais velhas não tenham se identificado com o livro e textos, que só porque já passaram o tempo elas não possam sentir aquelas coisas. CLARO QUE PODE! Espero que tenham entendido o meu ponto de vista.

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, do coletivo TCD

Lançamento de Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente

Eu fui na lançamento do livro aqui São Paulo que aconteceu na Livraria Cultura do Conjunto Nacional em dezembro do ano passado. Estava bem cheio, com muitas pessoas que seguem o TCD nas redes sociais, além de amigos e familiares dos autores. Teve um bate-papo muito bacana contando sobre como surgiu o Coletivo e como aconteceu a ideia de reunir os textos em um livro. Adoro conhecer a história das pessoas, os motivos por terem começado um projeto e porque eles estão onde estão. Aproveitei para garantir o autógrafo no meu exemplar.

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, do coletivo TCD
Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, do coletivo TCD

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente é um livro poético lindo e muito profundo e super dica para quem curte literatura contemporânea com uma pegada de poesia marginal.

Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente
Autor: 
TCD | Editora: Globo Alt
Páginas: 304 | ISBN: 9788525065360
Skoob | Goodreads
Para ler: https://amzn.to/2LTy6D6

Para seguir e ler os textos do TCD:
Site | Facebook | Instagram | Twitter | Youtube | Tumblr


Mil beijos e até mais!

Sobre o autor

Karin Paredes, 37 anos, baixinha, tagarela, adora livros e bibliotecas. Bibliotecária, casada com o Eduardo. Carioca vivendo sonhos em São Paulo. No Prateleira de Cima, fala sobre livros, leituras, literatura e biblioteconomia.

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