Menu
Resenhas

Mulherzinhas, de Louisa May Alcott

Mulherzinhas

Mulherzinhas é aquele livro que está há anos na wishlist literária e que finalmente eu consegui e hoje quero conversar um pouco sobre ele.

As quatro irmãs March são muito diferentes entre si. A já adulta Meg; Jo, a moleca impulsiva; Beth, tímida e introvertida; e Amy, a precoce caçula. Mas com o pai longe de casa, na guerra, e a mãe trabalhando para sustentar a família, elas precisam coope­rar e apoiar umas às outras. Encenam peças, fundam sociedades secretas, preparam os festejos de Natal, dão os primeiros passos na sociedade adulta e aprendem o valor da amizade verdadeira. É com o coração pleno que acompanhamos as dúvidas, as aven­turas e desventuras dessas adoráveis meninas, nesta história atemporal emocionante que nos faz vibrar e sorrir. Publicado originalmente em 1868, nos Estados Unidos, o livro teve sucesso imediato de crítica e público, o que suscitou a publicação de várias continuações. Este belo romance de for­mação, que se lê num fôlego só, não cessa de encantar gerações e gerações de leitoras e leitores, tendo sido adaptado inúmeras vezes para o cinema e para a televisão. 

Sinopse: L&Pm Editores

O que falar de Mulherzinhas? Para começar é um livro que há muitos anos eu queria ler, mas minhas expectativas não eram grandes. Na verdade não havia expectativa alguma. Talvez a curiosidade por ser uma história muito conhecida e que sempre estava aparecendo em listas de leituras clássicas principalmente de autores norte-americanos.

Porém, o livro ficou esgotado por muitos anos no Brasil. E o contato com a obra (com uma boa tradução) ficou difícil. Então deixei pra lá. Foi então em que em uma das minhas andanças pela internet descobri que a tradutora Denise Bottmann estava preparando os estudos para a tradução de Mulherzinhas. Aí logo me animei e falei que faria questão de ler essa edição. Só que do dia que soube dessa notícia até o dia que realmente comprei esse livro demorou uns bons anos.

Mulherzinhas é um livro simples, de linguagem acessível e com uma narrativa linear. Não há um grande enredo que te prende do início ao fim. Teve momentos que não havia nada na história que fazia você ficar presa na leitura e eu estava achando que o livro não tinha nada além de uma lista de lições para serem aprendidas por jovens meninas americanas que estão crescendo e ainda um pouco confusas com essa coisa de ser jovem, criança e se torna adulta. A trama maior só começa a acontecer lá para a parte final, mas mesmo assim não espere grandes mudanças no tom da narrativa.

Uma das coisas que ficou bem claro para mim é que o livro tinha uma leve pretensão de ser um manual de boas maneiras. May Alcott parece querer mostrar para as meninas de seu tempo o que uma boa moça deve fazer ou ser para ser considerada uma mulher de virtude. A cada capítulo ela dá uma pequena lição de como se comportar, o que fazer para que você seja considerado uma pessoa de caráter e coração bom. O que você precisa ter e ser para ter uma vida plena e feliz. É meio cansativo e extremamente datado, mas acho que há uma razão se colocarmos o livro dentro do espaço-tempo no qual ele foi lançado. Os tempos eram outros e talvez essa seja a principal razão do livro ter sido um sucesso naquele momento e continuar sendo lembrado até hoje. A religiosidade, a vida privada e o que se precisa para ter um lar feliz também são alguns dos elementos presentes na história.

Mulherzinhas é um livro em domínio público e por isso há muitas edições sendo publicadas atualmente. A que escolhi para fazer a leitura foi a pocket da L&PM Editores. Não tenho muito o que falar dela já que segue com o projeto editorial da coleção. Tem livros que a preocupação é com o conteúdo, não com a estética. Mas se você quer juntar esses dois elementos, já há uma série de edições no mercado, um mais lindo que o outro.

O livro é o primeiro de uma série que compõe a história das irmãs March. Boas esposas é a sequencia e temos Little Men e Jo’s Boys. esses dois últimos sem tradução para o Brasil.

Religiosidade –

Mulherzinhas

Adaptações de Mulherzinhas

Mulherzinhas é uma obra que já foi adaptada para o cinema. Adoráveis Mulheres é a adaptação mais famosa do livro. O filme é de 1994 e que conta com a participação de Winona Ryder, Susan Sarandon, Claire Danes, Kirsten Dunst e Christian Bale. Foi bem difícil não associar os personagens com os atores ao longo da leitura. Apesar de eu não lembrar muito do filme. Mas isso te

Uma nova adaptação será lançada ainda esse ano e terá Emma Watson como uma das irmãs March e também a participação de Meryl Streep. Pelo trailer, achei que a história vai ficar um pouquinho diferente da original. Mas vamos aguardar o lançamento para saber mais.

Mulherzinhas é e vai continuar encantando gerações com sua narrativa, simples e divertida. Ela é exatamente aquilo que se espera de uma história norte-americana de meados do século 19. Apesar de tudo, recomendo sim a leitura e espero que muita gente vá ler Mulherzinhas, principalmente com o lançamento do novo filme.

Gravei um vídeo falando um pouco mais sobre a minha leitura com o livro Mulherzinhas. Lá eu dou mais opiniões e comento o que realmente achei sobre o livro

Mulherzinhas (Little Women)
Autor
: Louisa May Alcott | Tradução: Denise Bottmann e Federico Carotti
Editora: L&Pm Editores | Páginas: 332
ISBN: 9788525433992
Skoob | Goodreads
Para lerhttps://amzn.to/35PvkbW

Sobre o autor

Karin Paredes, 37 anos, baixinha, tagarela, adora livros e bibliotecas. Bibliotecária, casada com o Eduardo. Carioca vivendo sonhos em São Paulo. No Prateleira de Cima, fala sobre livros, leituras, literatura e biblioteconomia.

1 comentário

  • Fabiana Correa dos Santos
    11 de dezembro de 2019 at 23:12

    Oi Karin!
    Nunca assisti ao filme com a Winona, mas me lembro de ver o trailer. Tenho uma edição que faz parte da Biblioteca das Moças publicada pela Companhia Editora Nacional em 1968.Estou louca para compara uma nova edição, vi uma que Boas Esposas está junto com Mulherzinhas, e a capa é linda!
    Bjus

    Responder

Deixe seu comentário